Azul para Recordar...

Agora que o ano terminou, e para mim que o meu tempo na secção chegou ao fim (por agora ... quem sabe se não voltarei mais tarde?) é tempo de pensar, de reflectir sobre todos os momentos passados com o grupo e com cada pioneiro individualmente! Neste momento não tenho muitas mais palavras... mas pensei em colocar aqui o último texto que escrevi em prol desta secção.

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Uma vez disse – o azul é a minha cor favorita, no entanto nunca soube bem o porquê. Talvez por causa do céu, que está lá bem em cima, e que reserva um universo cheio de surpresas e enigmas; depois pensei no mar, e vi o quanto ele me transmitia calma, paz, serenidade, tranquilidade, pureza… Até que um dia, já passados alguns anos percebi que o que tinha ao pescoço não era simplesmente um lenço, era mais do que isso, era uma vontade de me encontrar naqueles elementos que o azul me fazia lembrar, e assim crescer.
Pois é, o pioneiro é alguém que vai crescendo não só por fora, mas também e mais importante, cresce por dentro de modo a tornar-se uma pessoa melhor, e que sinta uma imensa vontade de tornar o mundo um pouco melhor.
Este crescimento não é fácil, nem simples, é bem mais complexo do que muitos pensam, somos jovens, vivemos dos nossos momentos, temos as nossas crises e olhamos em frente à espera que o dia de amanha seja melhor que o de hoje. O pioneiro não cresce sozinho, a sua vivência em grupo permite partilhar experiências, emoções, perigos e grandes aventuras. Atingimos uma fase de maturidade em que somos chamados a evoluir, a ver o que nos rodeia com um olhar crítico.
Quero ser a Gota de Água que cresce dentro de mim para que eu me torne melhor, para que eu queira aprender mais, descobrir mais e futuramente também poder transmitir esta força e juntamente com outras gotas formar um rio, e depois um mar e juntos termos a pureza, a vitalidade e a vontade de agir em prol de nós e do outro.
Quero ser como os antigos Pioneiros, que com a ajuda da rosa-dos-ventos conseguiram ir mais além, descobrir novos mundos, novos caminhos, descobrir o rumo certo.
Quero ter como apoio o machado, que me ajuda nas construções, que desbrava caminhos, que derruba obstáculos, que ultrapassa as dificuldades.
Quer ser o azul do tal céu, do tal mar, quero viver, crescer e aprender, quero ser Homem!

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Não sei o que pensaram quando leram pela primeira vez este texto, mas par mim foi algo escrito com muito sentimento, com muita verdade, com muito amor ao lenço.

Os anos que passaram foram muito gratificantes, uns melhores do que outros, muitas alegrias e tristezas vivi ... mas vou sentir muita saudade. No entanto novos rumos espram por mim, e eu há muito que os desejo.

Obrigado a todos e Boa Caça

Uma Canhota Amiga
Sandra Durães